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25 de Abril (Medo)
25 de Abril (Medo)
Passei a Madrugada em claro, assustado, e sem saber o que fazer. Olhava pela janela e via aqueles humanos, ensangüentados, andando lentamente de forma fúnebre.
Liguei a TV, mas nenhuma emissora estava com sinal, estava vasculhando canal por canal quando o barulho de disparos de tiros me surpreendeu. Joguei-me ao chão, ouvi mais cinco disparos bem próximos a mim. De repente o silêncio tomou conta da situação, não sei se deveria ficar feliz e me levantar ou mais assustado e cauteloso.
Levantei-me vagarosamente, abri a cortina sem movimentos bruscos, foi então que me arrependi, três criaturas destas imundas estavam ali devorando um policial, notei sua arma caída à direita de seu corpo, a cena foi repulsiva. Encobri a janela lentamente com a cortina, respirei fundo, subi as escadas, abri o armário e peguei minha espada, na hora pensei que isto fosse me proteger, nem pensei que o policial falhou mesmo portando uma arma de fogo.
O dia já estava amanhecendo. Os três canibais haviam sumido dos arredores de minha casa, porém ainda via muitos caminhando pelas ruas, como uma legião infernal, cada passo deles podia ser sentido pelo meu coração.
Lembrei da arma que estava ainda ali caída, porém o corpo do policial havia sumido. Pensei em correr para fora e pegar a arma, mas o medo não me deixou levar esta ação planejada adiante.
Sem ter o que fazer, fiquei sentado, observando as ruas até anoitecer e vendo estas estranhas criaturas perambularem pela cidade, neste momento, comecei a imaginar que não eram mais humanos, mas sim uma carcaça humanóide, reanimada.
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