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24 de Abril (Pânico)
24 de Abril (Pânico)
Acordo, me levanto da cama devagar, olho pela janela do quarto e vejo muita gente na rua, caminhando em direção ao centro da cidade.
Fui ao banheiro, lavei o rosto e desci vagarosamente a escada, liguei a TV, como faço todos os dias, porém o canal que costumava assistir estava fora do ar, deixei ligado para ver se o sinal voltava enquanto eu tomava café. Nada do sinal.
Ouvi sirenes, e um auto-falante avisava:
“A Cidade de São Paulo está em pânico, emissoras de TV, rádios, e servidores de Internet parados, a crise está se arrastando para o interior, façam reservas de alimentos em suas casas, evitem ao máximo sair, a defesa nacional tomará uma atitude para resolver o problema!”
Imediatamente sai a rua, vi aquelas pessoas indo para o centro da cidade e tentei me informar sobre o que acontecia. Uma jovem moça me disse:
“Algum tipo de doença infestou a cidade de São Paulo e toda a região do grande ABC”
Mais adiante ouvi falar que a infestação já chegava à cidade de Cotia, que não era muito longe do lugar onde estávamos.
Voltei para casa correndo, peguei a carteira e corri para o mercado para estocar alimento. Comprei o que meu dinheiro permitiu, enchi um carrinho com as coisas mais importantes.
As pessoas pareciam correr contra o tempo, por sorte minhas casas não era tão longe, voltei rapidamente e por lá fiquei, me tranquei. Da janela eu observava o pânico e o caos que se espalhava pela cidade. A correria e o ar de medo estavam estampados em todas aquelas faces.
Estava anoitecendo, não havia mais ninguém nas ruas, apenas alguns arruaceiros quebrando janelas de carros, atirando garrafas de vinho para o alto, se “divertindo” com a situação.
Após uns 30 minutos ouvi um grito muito alto, seguido de vários murmúrios, pensei que eram os arruaceiros, mas decidi olhar pela janela. Eu realmente estava certo, eram eles, porém estavam sendo atacados por criaturas com olhos de morte. Foi a primeira vez que vi um reanimado. O pânico foi total, corri checar se todas as portas e janelas estavam trancadas, cheguei a pensar que eu estava louco, após presenciar tal cena de canibalismo em frente a minha casa.
Esta noite não consegui dormi.
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